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O mundo para, mas o caminhoneiro não

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Motoristas contam com solidariedade e ações de sindicatos para sobreviver em tempos de coronavírus

NELSON BORTOLIN

Em menos de três meses, um vírus detectado inicialmente na China fez o mundo parar. A pandemia do novo coronavírus isolou em suas residências uma parte considerável da população da Terra. Quando a vida vai voltar ao normal, ninguém ainda sabe dizer. Mas há profissionais de diversas áreas que não podem parar, sob o risco de tornarem o cenário ainda mais caótico. É o caso dos caminhoneiros.

No momento em que os governantes decretaram o fechamento do comércio em boa parte do Brasil, se esqueceram dos profissionais do volante. Se os postos de rodovias param, onde eles vão comer? Como vão se prevenir do vírus se exercem uma atividade na qual as condições sanitárias já não eram as melhores?

Até o fechamento desta edição, caminhoneiros de todo o País contavam com o apoio de entidades, empresas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mas nenhuma medida governamental que realmente fizesse a diferença havia sido tomada.

No final de março, como se vê no vídeo abaixo, a Federação dos Autônomos do Estado de São Paulo (Fetrabens) distribuía refeições gratuitamente nos dois sentidos da Rodovia Castelo Branco, km 162, no horário do almoço. “Principalmente quem vem do interior reclama que não está encontrando restaurante aberto para comer”, disse o presidente da entidade, Norival de Almeida Silva.

O Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí (RS), Sindijuí, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Sest/Senat se uniram para apoiar os motoristas no entroncamento da BR-286 com a RS-342. No local, foram distribuídos lanches e kits de higiene, com álcool em gel. “Precisamos salvar vidas agora. Depois, economicamente, nos salvem também”, afirmou Carlos Alberto Litti Dhamer, do sindicato. Veja no vídeo.

O casal de caminhoneiros Marlene e Eliseu Heinen ganhou um kit com papel higiênico, água, sabonete e marmitex em Capanema (PR). Moradores de Planalto (PR), eles não podem ir para casa porque moram com dois idosos, de 89 e 91 anos.
O kit chegou em boa hora. Veja no vídeo abaixo.

Já o caminhoneiro Ricardo Freitas, em viagem com a mulher, Sharon, foi surpreendido com a não cobrança de pedágio na Argentina. E mandou vídeo para a Revista Carga Pesada:

Isso foi dia 24 de março, na cidade de Macoreta. Ele ainda não sabia que iria atravessar todo o país, para descarregar perfumaria no Chile, sem deixar uma moeda nas cancelas (o governo argentino havia suspendido toda a cobrança de pedágio como medida para mitigar a crise econômica).
No Brasil, o governo não havia sequer pensado em tomar a mesma providência, apesar da reivindicação dos caminhoneiros.

Truckscontrol
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