Confira as dicas do gerente filial do Truck Center Ribeirão Preto da DPaschoal, Joaldo Santos
Se você é motorista, provavelmente, já deve ter passado por uma situação delicada na estrada com seu caminhão. Afinal, percorrer quilômetros carregando cargas pesadas podem danificar componentes fundamentais do veículo, como os pneus, por exemplo.
Mas afinal, você sabe qual é a hora certa de trocá-los? O Gerente Filial do Truck Center Ribeirão Preto da DPaschoal, Joaldo Santos, explica que os pneus possuem indicadores de desgaste identificados com as letras TWI ou com o desenho de um triângulo. “Quando a profundidade de sulco atinge o limite máximo permitido por lei, de 1,6 milímetro, faixas transversais tornam-se visíveis indicando que os pneus devem ser removidos de serviços para recapagem, sem comprometer a segurança”, afirma. Ele ainda explica que de acordo com o estado de conservação da carcaça, o pneu pode ser reformado mais de uma vez, e que em alguns segmentos é possível recapá-lo duas ou três vezes.
Segundo Santos, ao retirar os pneus no momento certo, você garante a segurança própria, de terceiros e da carga, e preserva a carcaça para obtenção de uma boa recapagem e, consequentemente, a redução nos custos por quilômetros rodados (CPK). De acordo com a severidade do tipo de serviço, é recomendável que o pneu seja retirado com uma profundidade maior, de 4 a 6 milímetros.
“Sabemos que a rotina dos caminhoneiros é bastante corrida e que os desafios da profissão estão presentes no dia a dia, e por isso, entendemos a nossa responsabilidade e importância de estar sempre os alertando para itens imprescindíveis do caminhão. Sendo assim, separamos 4 sinais que devem ser atentados constantemente”, conclui.
1. Desgaste Irregular: o desgaste irregular do pneu provoca a retirada prematura de serviço. Com isto, perde-se parte do potencial de quilometragem do mesmo, acarretando um aumento de custo por quilômetro rodado. Este desgaste geralmente provém de fatores como: desalinhamento de direção, folgas na suspensão, peças desgastadas, pressão de ar incorreta e sobrecarga.
2. Envelhecimento dos pneus: a partir da data de fabricação, os pneus possuem validade de cinco anos. Para verificar a data em que o pneu foi feito, procure na lateral, quatro números que, normalmente, ficam perto da palavra “DOT”. Os dois primeiros dígitos são a semana de fabricação e os dois últimos, o ano. Por exemplo: Y1RT OAEW2618 – fabricado na (26) vigésima sexta semana, (18) no ano de 2018. Os pneus fabricados há mais de cinco anos requerem verificação periódica pelo condutor. Ao identificar sinais de rachaduras, ressecamentos ou bolhas, o pneu deve ser removido de serviço imediatamente.
3. Furos visíveis: os furos são causados por objetos cortantes que penetram na borracha e atingem a carcaça do pneu (lonas). É recomendado que o conserto seja feito de forma que evite a entrada de água e possível contaminação/oxidação das lonas/cintas da carcaça. Ao não fazer o conserto correto, o pneu pode apresentar separação entre componentes, gerando a necessidade de remoção prematura de serviço.
4. Inchaços ou bolhas: geralmente, bolhas ou vergões na lateral do pneu são causados pelo rompimento de cordonéis da carcaça, em função de impactos ou avarias provocadas por buracos ou compressões laterais. A recomendação é removê-lo para análise do dano e possível reparo ou conserto.