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Embarcador se irrita com queixa de caminhoneiro

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Nelson Bortolin

Revista Carga Pesada

 

Dois vídeos com desabafos de caminhoneiros quanto às condições de trabalho no transporte de grãos em Mato Grosso provocaram polêmica na Câmara dos Deputados, dia 10 de dezembro, durante audiência pública com embarcadores para tratar do marco regulatório do transporte rodoviário de carga.

Excesso de trabalho, péssimas condições nos locais de carga e descarga, poeira, lama, mato, demora para descarregar, não recebimento de vale-pedágio. Situações já conhecidas de quem lida com o transporte de carga eram relatadas nos vídeos pelos motoristas entrevistados. Um deles desabafou: “A escravidão não acabou. Estamos vivendo num regime escravo”.

Os vídeos foram apresentados pelo diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes. E, embora em nenhum momento os produtores rurais tenham sido colocados como culpados pela situação, o representante da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antonio Fayet ficou ofendido. “Vimos naquele vídeo uma impropriedade: os escravos da soja. Eu acho que foi uma agressão ao produtor de soja dizer que ele é o escravizador de motoristas …”, queixou-se em tom de revolta.

A Carga Pesada não conseguiu os vídeos, mas os áudios estão neste matéria.

Áudio do vídeo 1:

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Áudio do vídeo 2:

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Áudio de Luiz Antonio Fayet:

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O relator da comissão especial do marco regulatório, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), que também é produtor rural, foi outro que se mostrou indignado. “Essa palavra escravo, a esquerda sempre usou para angariar voto e fazer com que possa conseguir mudar o sistema no País”. Para ele, nada é imposto. “Trabalha quem quer, trabalha quem precisa”, complementa. Confira o áudio:

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Marquezelli é o mesmo que, em abril de 2013, disse à TV Câmara (abaixo) que a profissão de caminhoneiro é “diferente” das demais. “Quem é caminhoneiro dirige porque gosta”, afirma. Na sequência, sua fala dá a impressão de que dirigir caminhão é como passear. “Ele (o caminhoneiro) está naquela televisão, que é seu visor. Ele está passando em várias cidades, em várias estradas. Ao mesmo tempo que está ouvindo um rádio e está conversando com amigo, se tiver um carona. O caminhoneiro é diferente de muitos empregos”, afirmou na ocasião.

 

 

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