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Jovem busca ajuda para tornar-se caminhoneiro

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Com sequelas de poliomielite, Paulo Pereira se sente em condições de encarar a vida na estrada, mas precisa de apoio

Nelson Bortolin

Há mais ou menos cinco anos, Paulo Henrique Martins Pereira, 19 anos, apaixonou-se pelo mundo dos caminhões. Morador Salinas, Norte de Minas Gerais, o jovem passa boa parte do tempo observando os veículos que passam pela BR 251. Ou então nos postos de combustíveis da região conversando com os motoristas e conhecendo as novidades dos veículos de carga.

O sonho do Paulo é tornar-se caminhoneiro. Mas, para isso, precisa de ajuda. Ele tem dificuldade de locomoção – sequela de uma poliomielite. Precisa de uma empresa que o apoie para conseguir carteira de habilitação e que disponha de um veículo adaptado que o jovem possa dirigir. Pode ser em qualquer parte do País. Paulo Pereira tem condições e disposição de mudar-se de Salinas se necessário.

A julgar pelo cuidado que dispensa a seu triciclo, ele tem tudo para ser um bom motorista funcionário.

Com um caminhão adaptado e o auxílio de cadeira de rodas ou mesmo de muletas, Paulo tem certeza que pode viajar pelo País afora. Veja no vídeo a agilidade com que ele desce e sobe em seu triciclo.

Converso com os caminhoneiros sobre minha vontade de seguir a profissão. Eles me dão dicas, dizem que eu tenho de correr atrás do meu sonho e não desistir por mais difícil que seja”, conta.

Paulo vem de uma família muito humilde. Mora com a mãe e dois irmãos. Os quatro se sustentam com um salário mínimo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que o jovem recebe do governo.

Foto tirada antes da pandemia

A força de vontade do rapaz chamou a atenção do servidor público Rafael Correia, também de Salinas, que procurou a Revista Carga Pesada. “Espero que uma autoescola ou uma empresa do ramo de transporte dê uma oportunidade para ele”, afirma. “Quem sabe uma empresa que tenha programa de recrutar pessoas com deficiência, que desse ao Paulo um treinamento e bancasse a habilitação. Ou mesmo uma montadora que possa fazer uma ação de responsabilidade social.”

A empresa que quiser ajudar deve ligar para (38) 99998 7030.

LEGISLAÇÃO

O Detran-Paraná informou à reportagem que, segundo resolução 425/2012 e a norma ABNT 14.970, “não há impedimento absoluto para condução de veículos nas categorias C, D e E por pessoas com deficiência”. “Cada caso é analisado por uma junta médica, que poderá definir as adaptações necessárias para que o candidato possa conduzir o veículo com segurança (no caso específico, possivelmente acelerador e freio manuais, veículo automático e com direção hidráulica)”, disse o Detran, por meio da assessoria de imprensa.

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