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Minas ficou R$ 210 mais caro

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Cobrança de tarifa na rota que liga São Paulo ao Nordeste teve início no dia da mentira

Luciano Alves Pereira

Pura verdade, conforme anunciou a Eco-135, concessionária responsável pela administração da rodovia. São 364 quilômetros do trevão da BR-040, onde a BR-135 se bifurca, até Montes Claros, no Norte de Minas.

Passa por Curvelo, em cujo município há uma primeira praça de pedágio (km 634). Segue para a segunda cobrança em Corinto (km 583). Na sequência, rumo ao mesmo norte, Buenópolis (km 523), Bocaiuva (km 466) e Montes Claros (km 399), todas em Minas. São cinco pontos de pagamento da tarifa.

O governo estadual anterior pôs o trecho em concorrência (a estrada é federal delegada) e a paulista Ecorodovias saiu vencedora, com oferta de R$ 7,20 por eixo. Importante: o suspenso não paga. O prazo do contrato vai aos 30 anos e o compromisso da ganhadora é de investir R$ 1,9 bilhão em obras, melhorias, etc.

Na acima referida quilometragem, 136 km serão duplicados entre Montes Claros e Bocaiuva e de Curvelo a Corinto. Consta ainda das obras contratadas a construção de sete trevos em dois níveis ao longo da malha. Nos primeiros cinco anos, há previsão de R$ 577 milhões em investimentos, conforme nota da concessionária.

MAIS TRÁFEGO − O mesmo aviso informa que a média diária (VMD) do trecho é de 30 mil usuários. Caminhoneiros habituados na rota acham que dito “volume deve baixar”. Embora não expressamente indicados, eles são representativos, especialmente no itinerário de carga São Paulo–Nordeste, via Fernão Dias. “Pela simples razão do encarecimento da viagem, nem sempre ressarcida pelo embarcador”, alegam.

De fato, a passada de uma carreta clássica de seis eixos pelas cinco cobranças terá os custos de viagem onerados em R$ 210. Diante disso, estima-se que alguns estradeiros optem pelo retorno à rota tradicional pela Rio–Bahia (BR-116), via Dutra, entrada em Volta Redonda (RJ) e passagem por Além-Paraíba (MG), apesar dos pedágios.

Espera-se também aumento do fluxo da BR-381 Norte, via João Monlevade, conhecida rodovia da morte, sem falar que se jogará mais tráfego no destroçado Anel Rodoviário de BH.

A Eco-135 adianta que já instalou cinco bases de Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU). Uma estrutura, pela qual há acessos a sanitários, fraldário e aparelhos de autoatendimento. As ambulâncias, guinchos, inspeções de tráfego e outros veículos de combate a incêndio ficam de prontidão no local. O telefone para acionamento do SAU é o mais fácil de memorizar em toda a região: 0800 0135 135.

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