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PRF conta mais de 50 manifestações de caminhoneiros no País

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Balanço não inclui protestos nas vias estaduais, como o da PR 445, em Cambé (PR)

Nelson Bortolin

Levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostrava 54 pontos de manifestação ou bloqueio de estradas federais por caminhoneiros, em 13 estados, na manhã desta segunda-feira (21). Minas Gerais era onde se concentrava o maior número delas (13). Na Bahia, eram 12. Clique aqui para acompanhar o balanço da PRF.

A principal queixa dos caminhoneiros, que já haviam realizado manifestações isoladas na semana passada, é o preço do óleo diesel. Eles querem que o governo retire os impostos sobre o combustível usado pela categoria. Desde que a nova política de preços da Petrobras foi implantada, em julho do ano passado, o diesel comum subiu 19% na média nacional, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O aumento do S10 foi de 17%.

A Carga Pesada acompanhou uma das manifestações que não constam do balanço da PRF porque é realizada em rodovia estadual, a PR 445, no município de Cambé (PR). Neste local não havia bloqueio da pista. Abordados pacificamente pelos líderes do movimento, os motoristas paravam na marginal.

Diferentemente de outras ocasiões, a reportagem não presenciou conflitos entre os líderes e os caminhoneiros, que não demostravam resistência em aderir à paralisação. “Não tem condições mais. Nossos caminhões estão sucateados Estamos passando por uma situação precária. Infelizmente, o pessoal não enxerga que, sem caminhão, o Brasil não é nada. A gente não ganha nem para comer mais. Este é o desabafo de uma pessoa que tinha transportadora e hoje tem só um caminhão”, disse Paulo José Ribeiro, de Joaquim Távora (PR). Veja entrevista no vídeo abaixo.

Outro paranaense, Rafael Garbin de Oliveira afirmou que a manifestação não era só para os caminhoneiros, mas para “melhorar o Brasil em geral”. “Não vamos fazer nada que gere transtorno para a população. Queremos que o governo olhe para todos nós.”

Os líderes não quiseram dar entrevistas. Um deles disse que, em assembleia, havia sido escolhido um porta-voz do protesto, mas que essa pessoa não estava no local no momento.

Ao contrário de outras greves, entidades tradicionais que representam a categoria, como a Associação dos Caminhoneiros do Brasil (Abcam) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA)  estão apoiando o movimento. O Sindicato das Empresas de Transportes do Rio Grande do Sul (Setcergs) também divulgou nota  a respeito.

 

 

 

 

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2 Comentários

  1. Carlos Azevedo on

    A faixa dos caminhoneiros no protesto demonstra de forma clara o que vivemos neste momento.
    Transferência de responsabilidades por prejuízos causados por terceiros é o que os Governos tem feito desde que o Brasil foi descoberto. A diferença é que nos últimos 20 anos o nível de “Maldades” aumentou.
    Assim vemos esta política brutal de recuperação de recursos às custas dos serviços entregues. Serviços, diga-se de passagem, ruins, combustíveis maquiados na planta de produção, venda de gato por lebre (27% álcool/na dita gasolina). Temos 1/3 dos custos de um produto, sendo cobrados como se outro fosse. Quando eu aprendi na faculdade, o nome disso era FRAUDE.
    Agora no “Brasil de nosotros”, no qual perdoamos Bilhões de Dólares de dívida, tivemos propriedades do Povo Brasileiro expropriadas alhures, projetos legítimos de investimentos em países fronteiriços do Mercosul nos foram usurpados “na Tora”, mais uma vez temos que pagar uma conta ELEVADÍSSIMA.
    Estamos sendo punidos mais uma vez por não termos transportes públicos de qualidade para locomoção casa/trabalho/casa e nos culpam por acreditar em Governos Despreparados, Omissos, Criminosos, que se sucedem no poder.
    Parabéns aos irmãos caminhoneiros por tentarem demonstrar sua insatisfação com esta situação vexatória em que vivemos.
    Penaliza-se quem trabalha, gerando lucros para os que roubam. “QUE PAÍS É ESTE ? QUE PAÍS É ESTE ?… (RR, in memorian – Legião Urbana)”

    • Carlos Alberto on

      Tens razão, prezado Carlos!

      Mas o povo tem grande culpa (e neste me incluo também), pois continuamos a eleger os mesmos larápios (ou vemos eleger e não nos constrangemos), e com isso, o voto de curral permanece, inabalável.
      Falta união, mesmo que venha doer, dos povos todos… manifestação branca, do tipo “deixar os carros na garagem e todos utilizarem o transporte público”, dar preferência ao consumo de determinados produtos menos taxados, estourar o gargalo da saúde pública, etc”. E o mais importante, sabatinar de verdade os candidatos quanto seus propósitos e projetos, e se eleitos, exigirmos aquilo que foi pregado/prometido, com fiscalização eficaz.
      Só assim conseguiremos um país mais equânime e próspero. Bater panela só atordoa os ouvidos alheios (além de estragar a panela).

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