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SAFRA 2017: Na rota da cana, caminhão   tem que rodar

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RALFO FURTADO, VIVIAN GUILHEM E DILENE ANTONUCCI

Eficiência e alta produtividade são palavras-chave na movimentação da safra de cana. Não é para menos: enquanto na safra de grãos é preciso transportar cerca de 200 milhões de toneladas, na cana, embora as distâncias sejam menores, o tamanho do desafio é três vezes maior: 600 milhões de toneladas.

A colheita começou em março/abril e vai até o final do ano. Como as chuvas de maio complicaram a vida dos canavieiros tanto em São Paulo como no Paraná, é hora de tirar o atraso.

Se na rota da safra de grãos em Mato Grosso o dia a dia dos caminhoneiros inclui longas esperas para carregar e descarregar, na rota da cana a realidade é bem diferente. Com a mecanização da colheita, a cana picada não pode ficar muito tempo na roça para não perder qualidade. Então ela é colhida e já vai para as carretas, num sistema conhecido como bate e volta, ou seja, o caminhão deixa uma carreta vazia e já volta com uma carregada. Praticamente não se perde tempo em filas no campo e nas usinas.

Foi para conhecer de perto esta rotina de 24 horas diárias de trabalho, sem descanso, que o projeto AS ESTRADAS FALAM, A MERCEDES-BENZ OUVE E A REVISTA CARGA PESADA PUBLICA visitou duas usinas em São Paulo e uma no Paraná, em maio.

Como aconteceu nas viagens pela Via Dutra em dezembro e na rota da safra do Mato Grosso, na BR-163, em março, o resultado da terceira etapa deste trabalho pode ser conferido aqui e em vídeos e fotos publicados em nosso site e páginas nas redes sociais Facebook e Youtube.

Raízen compra 524 caminhões Mercedes-Benz

Um dia antes da nossa viagem pela rota da cana começar no interior de São Paulo, a Mercedes-Benz, nossa parceira neste projeto, anunciou o que provavelmente vai ser um dos maiores negócios do setor de caminhões neste ano de vendas difíceis para todos: a Raízen, maior produtora de etanol do mundo e maior exportadora de açúcar no mercado internacional, adquiriu 524 caminhões para operar na safra de cana.

Desse número, 286 são Atego 2730 6×4 e 238 são Axor 3344S 6×4. Os Atego foram vendidos à Borgato, grande locadora de equipamentos pesados, para uso em serviços de apoio à produção de cana-de-açúcar. Os extrapesados Axor já estão em operação e foram adquiridos por um pool de empresas que realizam o transporte de cana para a Raízen.

A Volvo e a Scania têm liderado as vendas no mercado canavieiro, mas a Mercedes-Benz está firme no propósito de conquistar espaço. Ian Dobereiner, diretor da Raízen, explica que a decisão de comprar os Mercedes foi um reconhecimento da qualidade e excelência da marca e levou em conta a robustez de seus veículos, “necessária para enfrentar a operação dura de campo da nossa atividade”.

Dobereiner exaltou ainda a tecnologia embarcada dos caminhões – “a telemetria traz uma série de informações relevantes que vão ajudar a aumentar nossa eficiência na operação” – e as facilidades do pós-venda: “O contrato de manutenção foi decisivo na compra”.

A Raízen, criada a partir da junção de parte dos negócios da Shell e da Cosan, possui 24 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia. Produz anualmente 4,5 milhões de toneladas de açúcar e 2,1 bilhões de litros de etanol.

Para Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing, peças e serviços de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz, “essa venda foi resultado do ótimo relacionamento que mantemos com a Raízen, para quem desenvolvemos e aprimoramos soluções focadas no transporte canavieiro”.

Ian Dobereiner, da Raízen, e Roberto Leoncini, da Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz lidera as vendas de caminhões extrapesados off-road no Brasil. De janeiro a abril deste ano, vendeu 888 caminhões, o que significa 66,4% de participação de mercado. Na verdade, o extrapesado Axor 3344 6×4 foi o caminhão mais vendido no País em março, com 311 unidades. É próprio para os setores canavieiro, madeireiro, de mineração e de grandes obras de infraestrutura e construção civil.

Desde o final do ano passado, estes caminhões passaram a contar com o câmbio automatizado Mercedes PowerShift de segunda geração, com 12 marchas, sem pedal de embreagem e com sensor de inclinação que permite selecionar eletronicamente a marcha mais adequada, além de bancos mais confortáveis.

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