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EDITORIAL: Com a corda no pescoço

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Já estamos chegando ao fim do primeiro semestre e a melhora prevista para a economia com o novo governo não deu sinal de vida. A cada dia, os analistas preveem que o Brasil vai crescer menos em 2019.

Como consequência, o tão esperado reaquecimento do mercado de frete também não aconteceu. Antes, diziam que o País iria melhorar com a posse do presidente Jair Bolsonaro. Hoje, o discurso oficial é de que a melhora só virá com a reforma da Previdência. O brasileiro vai se virando como pode. Os caminhoneiros, que já estavam em situação muito difícil, vão sentindo a corda apertar no pescoço.

O governo está atento à insatisfação da categoria. Para acalmar os ânimos das estradas, Bolsonaro lançou um “pacote de bondades”. Entre outras medidas, prometeu um cartão da BR Distribuidora, que vai garantir estabilidade de preço do diesel nos postos. Prometeu também uma linha de crédito do BNDES para manutenção dos veículos. Cada caminhoneiro poderá pegar R$ 30 mil. Não se sabe a taxa de juros que será oferecida nem o prazo de pagamento.

Nenhuma das duas medidas havia saído do papel até o fechamento desta edição. Se, de fato, o cartão da BR for viabilizado, será uma vitória para a categoria que não pode continuar à mercê das variações abruptas de preços da Petrobras. Dependendo das condições, o crédito para financiar manutenção também pode ser uma boa.

O problema, como reclamam os caminhoneiros na seção de cartas desta edição, é que ninguém está conseguindo bancar as despesas básicas. Como pagar o BNDES depois?

O governo apresenta medidas paliativas para tentar contornar a situação, pois sabe que o País não aguentaria uma nova greve dos caminhoneiros.

Solução, mesmo, só tem uma: é a economia voltar a crescer de forma vigorosa. Nos anos de 2015 e 2016, o PIB brasileiro encolheu 7%. Em 2017, cresceu apenas 1% e, no ano passado, somente 1,1%. Para 2019, esperava-se um aumento de 3%. Mas essa previsão já caiu pela metade. Ou seja, estamos muito longe de recuperar o prejuízo.

Em vez de fomentar disputas ideológicas, o governo deveria apresentar um projeto de recuperação que vá além da reforma da Previdência. É o que todos esperam.

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