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Mercedes-Benz lança campanha contra assédio no transporte coletivo

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Pesquisa aponta que 97% das mulheres já sofreram algum tipo de importunação sexual no transporte

Reportagem: Vivian Guilhem (@vivianguilhem)

Uma pesquisa segundo a qual 97% das mulheres já sofreram algum tipo de importunação sexual no transporte público chamou atenção da Mercedes-Benz. O estudo realizado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva foi um dos fatores que levaram a montadora a criar a campanha “Coletivo de Respeito”, que conta com vários parceiros e que busca sensibilizar a sociedade para uma mudança efetiva na realidade das mulheres no dia a dia dos transportes coletivos, especialmente nos ônibus.

Para isso, o acolhimento e proteção às vítimas serão feitos por meio do trabalho desenvolvido pelo Projeto “Justiceiras”, organização que atua no combate à violência contra a mulher. O primeiro contato para denúncia ou busca por apoio será feito por meio de um canal exclusivo e criado especialmente para importunação sexual de mulheres nos transportes coletivos.

Toda a gestão do canal de denúncia e dos acolhimentos será realizada pelas voluntárias do Projeto “Justiceiras”, que prestará atendimento online multidisciplinar nos âmbitos jurídico, médico, psicológico e socioassistencial. Desde 2020, as “Justiceiras” já atenderam mais de 13.500 vítimas, contando para isso com aproximadamente 15.000 mulheres voluntárias cadastradas.

Alinhamento com princípios ESG

“Esse projeto é fruto de mais uma iniciativa de colaboradores da nossa Empresa, que encontraram nas Justiceiras a parceira ideal para este propósito”, afirma Kathrin Pfeffer, CFO da Mercedes-Benz América Latina. “Aqui na Mercedes-Benz, contamos com um grupo multifuncional focado em inovação disruptiva e novos negócios. Esse time gera dentro de casa as mais variadas soluções ligadas a transporte, mobilidade, pessoas e sociedade, visando resolver ou minimizar algumas demandas do dia a dia. É o que ocorre agora com o Coletivo de Respeito. A ideia surgiu ao mapearmos algumas dores da sociedade e o assédio no transporte público é uma delas”.

Kathrin Pfeffer, vice-presidente de Finanças & Controlling

“O objetivo do nosso grupo multifuncional é incentivar e reforçar o espírito pioneiro, promover a cultura da inovação e levar novas ideias para ruas e estradas, sempre com foco na qualidade de vida, responsabilidade social e no ecossistema do transporte responsável”, diz Kathrin Pfeffer. “Queremos ajudar a resolver problemas da sociedade por meio da força da marca Mercedes-Benz, em total alinhamento com os princípios ESG da nossa Companhia”.

A equipe interna de voluntários na Mercedes-Benz do Brasil é formada por 22 líderes de todas as diretorias da Empresa, dos quais seis são responsáveis pelas ações diretas do Coletivo de Respeito. “Nós entendemos que ao ajudar a passageira, também estamos

Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz

cuidando do ônibus e consequentemente do nosso negócio, mas principalmente visamos a redução dos índices de assédio no transporte público”, ressalta Kathrin Pfeffer. “Esse comprometimento está totalmente alinhado ao posicionamento da nossa unidade de ônibus: Pensando no coletivo. Pensando no futuro!”.

Apoio financeiro da DEG e doações dos parceiros

O Coletivo de Respeito conta a contribuição financeira de R$ 1,8 milhão da DEG, subsidiária da KfW Bankengruppe da Alemanha, um dos bancos de fomento líderes e mais experientes do mundo. Entre várias ações globais, a DEG destina recursos a programas de países emergentes e em desenvolvimento com foco em questões sociais, ambientais e econômicas.

Walter Barbosa, diretor de Marketing e Vendas de Ônibus

A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK São Paulo) deu todo apoio ao processo de condução e aprovação do projeto, bem como à interface e governança do tema externamente junto a autoridades governamentais e outras empresas.

Considerando horas de coordenação, contratação, governança, recursos internos de Marketing e outras atividades, a Mercedes-Benz do Brasil contribuirá com o equivalente a R$ 1,4 milhão, sem envolvimento de valor monetário. Além disso, estão previstas doações de cerca de R$ 300 mil de parceiros, entre eles: Assobens, Basf, Fabus, Mirow, NTU, Rödl & Partner e T-Systems.

Mercedes-Benz amplia alcance da voz das mulheres

Roberto Leoncini, vice-presidente de Vendas e Marketing Caminhões e Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, afirma que o Coletivo de Respeito fortalece o compromisso da marca em dar, cada vez mais, voz às mulheres no transporte. “Nós já contamos com o Movimento A Voz Delas, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da participação das mulheres no transporte como forma de empoderamento e equidade de gênero”, diz ele. “Começamos em 2019 com o segmento de caminhões e estamos ampliando o alcance dessa iniciativa com o envolvimento de mulheres que atuam no setor de ônibus. Essa nova ação, que cria um canal de denúncia e proteção contra o assédio no transporte coletivo, junta-se aos nossos esforços em prol dos usuários de ônibus, da melhoria da qualidade de vida no transporte e da proteção à mulher. É uma satisfação ver a nossa marca como protagonista desse movimento, contribuindo especialmente com elas, além do ecossistema do transporte responsável e com a sociedade como um todo”.

Ebru Semizer, gerente sênior de Marketing Comunicação & Inteligência de Mercado Caminhões

Walter Barbosa, diretor de Marketing e Vendas de Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, reforça a importância do apoio de parceiros nessa iniciativa. “Além de poder contar com a experiência do Projeto Justiceiras e com a contribuição financeira da DEG, agradecemos a participação e apoio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK São Paulo), Assobens (Associação Brasileira dos Concessionários Mercedes-Benz), Basf, Fabus (Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus), Mirow, NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), Rödl & Partner e T-Systems. Mas nós queremos levar essa voz das mulheres cada vez mais longe, conquistando a adesão de novos parceiros. Para isso, contamos com fornecedores, concessionários, clientes e a imprensa. Todos os agentes da sociedade precisam estar sensibilizados e unir forças para a efetividade desse projeto, que é mudar a realidade das mulheres no transporte brasileiro”.

 

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