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Refinanciamento: fórum do TRC propõe uso de portabilidade bancária

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Nelson Bortolin

Revista Carga Pesada

 

“Tudo certo e nada resolvido”. Foi assim que o diretor executivo da Associação dos Transportadores de Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes, respondeu à Carga Pesada quando questionado sobre a reunião desta quinta-feira (31), em Brasília, do Fórum Permanente do Transporte Rodoviário de Carga. O colegiado, formado por transportadores, embarcadores, e representantes do governo, se reúne todos os meses para tratar de assuntos ligados ao setor.

Ontem, o ponto mais importante da pauta foi o refinanciamento de caminhões adquiridos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), previsto na lei federal 13.126. Apenas o Banco do Brasil tem oferecido o benefício. “A coordenação do Fórum conseguiu uma audiência para a gente no BNDES em Brasília. Foi feita uma teleconferência com a sede do Rio de Janeiro. Mas a posição é a mesma, ou seja, não é possível obrigar os bancos a fazerem o refinanciamento”, afirma Mendes.

Ele apresentou uma proposta para que os transportadores beneficiados pela lei 13.126 (autônomos e microempresas com faturamenteo anual de até R$ 2,4 milhões) possam se utilizar da portabilidade bancária e levarem suas dívidas para o Banco do Brasil. O BNDES ficou de dar uma resposta sobre a viabilidade da proposta. Mas, de qualquer forma, o BB precisaria aceitar receber esses financiamentos. “Por enquanto, não estamos vendo luz no final do túnel. Pedimos uma audiência no Banco do Brasil, mas ela ainda não foi marcada”, conta Mendes.

De acordo com o diretor da ATC, os transportadores que podem ser beneficiados pela lei e que já estão com parcelas atrasadas devem imediatamente buscar um advogado para tentar conseguir o refinanciamento por meio de decisão judicial. Na semana passada, a Carga Pesada entrevistou dois advogados que vão ajuizar processos com esse objetivo (clique aqui e leia mais).

 

Miguel Mendes, Janir Bottega (Sinditac-PR), Gilberto Silva (Sinditac-PR), Idair Parizotto (Sinditac-PR), Luiz Fayet (CNA), Maurício Dutra (Sindicam-GO), Marcelo Sampaio (Ministério dos Transportes), em teleconferência no BNDES

Miguel Mendes, Janir Bottega (Sinditac-PR), Gilberto Silva (Sinditac-PR), Idair Parizotto (Sinditac-PR), Luiz Fayet (CNA), Maurício Dutra (Sindicam-GO) e Marcelo Sampaio (Ministério dos Transportes), em teleconferência no BNDES

Banco do Brasil

O Banco do Brasil afirma que, desde o dia 20, está oferecendo integralmente os benefício previsto na lei e na circular-26 /15. Ou seja, está refinanciando 12 parcelas de caminhões adquiridos tanto pelo Procaminhoneiro como pelo PSI.

Dono de uma microempresa, o caminhoneiro Fábio José Mendes tenta desde o dia 20 de julho fazer o refinanciamento pelo PSI na agência Vila Branca de Gravataí (RS). Mas o gerente afirmava que só era possível atender os contratos de Procaminhoneiro. Nesta sexta-feira (31) ele ligou para o banco e disse que procuraria um advogado. Poucos minutos depois, recebeu ligação do gerente dizendo que, daqui por diante, a agência também vai aceitar os pedidos de refinanciamento dos contratos de PSI.

“Só vou acreditar quando o negócio for confirmar”, conta o gaúcho que deve dar entrada no pedido na segunda-feira (3). “A situação está muito difícil. Com a crise, estou fazendo 40% dos fretes que fazia no ano passado. O jeito está sendo gastar as economias”, declara.

Além da de Gravataí, a reportagem confirmou que uma agência de Nova Andradina também não estava refinanciando para as microempresas. A própria gerente disse que o banco só  atende os contratos de Procaminhoneiro.

Confira a seguir a íntegra da nota enviada pelo BB à Carga Pesada:

“A rede de agências do Banco do Brasil está preparada para acolher o pedido formal dos clientes interessados em realizar o refinanciamento da linha BNDES PSI. O público-alvo autorizado a operar é formado por empresários individuais, empresas individuais de responsabilidade limitada, sociedades, associações e fundações, desde que pertença ao segmento de transporte rodoviário de carga e tenha Receita Operacional Bruta anual ou anualizada de até R$ 2.400.000,00 à época da operação original.

É importante destacar que a manifestação do interesse em realizar o refinanciamento não significa comprometimento do Banco do Brasil em fazê-lo caso o cliente não atenda as condições exigidas pelo BB ou o BNDES na operação.”

A Carga Pesada enviou nesta sexta-feira (31) à assessoria do banco em Brasília um questionamento sobre a viabilidade da proposta de portabilidade bancária. Mas ainda não recebeu resposta.

Truckscontrol
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3 Comentários

  1. Davi Cândido de Souza on

    Boa noite me ajuda a entender,( portabilidade ),seria um outro banco que financiou o meu caminhão eu levaria a divida de outro banco para o (banco do Brasil ) e isso portabilidade,por Ex: meu caminhão foi financiado pelo banco Bradesco,mais para refinanciar eu deveria leva direto ao ( banco do Brasil ) isso.para fazer o tal refinanciamento de 12 meses.pois e quase a minha situação.mais desde já agradeço.se não for me ajuda a entender.beleza.( e-mail/ [email protected] ),se for necessário mando contato celular.

  2. Não existe lei neste pais se não for na marra, parar tudo neste momento e necessário se não pararmos vamos perder o que temos e ninguém não estão nem um pouco preocupado com o que vai acontecer com nossas falencias.
    Este governo têm que ter o que merece greve até que se resolva tudo que reivindicamos e o governo nós deu p/ passarmos esta crise que não fomos nós quem produziu e manteve descaradamente com roubos. ESTA CONTA NÂO E NOSSA. VAMOS PARAR ENQUANTO DA TEMPO À TEMPO, DEPOIS NÃO VAI ADIANTAR LAMENTAR!!!……..
    VAMOS MOSTRAR QUE UNIÂO FAZ A FORÇA, COM MUITO RESPEITO E UNIÃO QUE NOSSA CLASSE NUNCA SE UNIU. “FORÇA É A HORA”.

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